Mount, NFS©2002 LEONARDO BRUNNET

O comando mount está na base da implementação da estrutura de diretórios do Unix. É através dele que se pode associar a um diretório desta estrutura dispositivos tão variados como cdroms, disquetes, partições de diferentes discos rígidos ou diretórios de máquinas remotas. Uma vez ``montado'', um dispositivo aparece para o usuário final apenas como um diretório na árvore de diretórios.

Em particular, é através da montagem de diretórios remotos fornecidos por um servidor que as estações clientes em uma rede podem compartilhar diretórios. É esta estrutura servidor-cliente montada através da rede que forma a base dos sistema de arquivos da rede, NFS. Assim, diretórios contendo programas (e.g. /usr/local) e arquivos de usuários (e.g /var/spool/mail ou /home) comuns são armazenados e atualizados apenas no servidor aparecendo sempre os mesmos independentemente da máquina que o usuário esteja usando.

A forma genérica do comando mount é:

$ mount [-t tipo ] [dispositivo] <ponto de montagem>

Por exemplo se você quer montar o cdrom no subdiretório /cdrom, digite como root:

$ mount -t iso9660 /dev/hdc /cdrom
Iso9660 é o tipo de sistema de arquivos, /dev/hdc é o dispositivo associado ao cdrom e /cdrom é o ``ponto de montagem'', ou seja o diretório que aparecerá para o usuário final. Este diretório deve existir antes de se montar o dispositivo sobre ele. O comando mount pode também montar o que se chama de loop devices, arquivos com conteúdo reconhecido como um sistema de arquivos. O exemplo mais próximo é o de uma imagem de cdrom. Quando se cria um cdrom primeiro deve-se criar uma imagem em formato ISO9660 e após pode-se gravá-lo em um cdrw. Outro esemplo é o de uma imagem de disco, podemos criar uma com o comando dd e então montar esta imagem como um dispositivo 'loop'. No caso de uma imagem IDO9660, supondo que ele exista sob o nome de imagem.iso faríamos o seguinte:
$mount -t iso9660 -o loop imagem.iso /mnt/iso
Note que temos de especificar a opção loop via flag -o na linha de montagem. O mesmo é válido para uma imagem de disco. Consideremos que exista um mestre secundário com três partições, temos por motivos diversos(espaço em disco...) que apagar a segunda e a terceira partições deste disco, mas a segunda possua dados vitais, que faremos então? Primeiro criamos uma imagem da segunda partição do disco hdc. Note que se as três partições são primárias a segunda será /dev/hdc2, porém se no disco a primeira partição é primária porém as outras são unidades lógicas de uma partição secundária teremos/dev/hdc5. Assim alinha de comando na sua forma mais simples será:
$dd if=/dev/hdc2 of=/export/secmast_part2.img
,ou
$dd if=/dev/hdc5 of=/export/secmast_part2.img
Isto é, temos um arquivo que comtém um cópia completa da segunda partição do disco mestre secundário. Para montar este arquivo como se fosse um disco teremos de fazer:
$mount -t ext2 -o loop secmast_part2.img /mnt/disk
Veja que neste outro exemplo estamos usando como tipo de sistema de arquivos o ext2, isto pois estamos supondo que a partição estava formatada no padrão Linux, poderia ser vfat no caso de padrão MS Windows.



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