O primeiro setor do disco rígido contém o master boot record (MBR) e a tabela de partição. Ambos contém a localização no disco de quem irá inicializar o sistema e as informações de tamanhos e tipos das partições, respectivamente. As partições dividem-se em primárias, estendidas e lógicas. Por uma limitação de tamanho na tabela de partição, só são possíveis 4 primárias num disco rígido, por este motivo criaram-se as estendidas e lógicas. A partição estendida não guarda dados, mas serve como suporte para armazenar várias partições lógicas dentro de si.
Existem várias maneiras de se referir a uma partição, por exemplo, alguns sistemas operacionais utilizam letras para designar suas diferentes partições, como no caso do MS-DOS (a: b: c: d:). No mundo UNIX todo o conjunto de arquivos de um diretório pode estar associado a um sistema de arquivos, como é o caso de /usr, /tmp e assim por diante. Cada um destes sistemas de arquivos vive numa partição separada, portanto se quisermos colocar / e /usr em sistemas de arquivos separados, deveremos ter uma partição para cada um deles.
O mais importante destes é o diretório raiz (root) /, que está no nível mais alto da árvore de diretórios, e que é o mínimo indispensável para instalação e funcionamento o GNU/Linux. Além do raiz, muitas vezes é aconselhável criar uma partição de swap, que servirá como memória auxiliar em disco. Embora este também possa ser utilizado através de um arquivo, é mais seguro reservar uma partição específica para seu uso. Resumindo, a configuração mínima é a de uma partição para o diretório raiz, que conterá tanto os arquivos de sistema como os pessoais, e uma para o swap.
Antes de alterar suas partições, esteja ciente de que você estará sujeito a perder todo o conteúdo do seu disco, portanto FAÇA CÓPIAS DE SEUS ARQUIVOS antes que o pior aconteça. Exitem aplicativos que redimensionam partições sem alterar seu conteúdo (veja Seção sobre o fips), mas sua eficácia não é absoluta, portanto MODIFIQUE AS PARTIÇÕES SOB SEU PRÓPRIO RISCO. Se você quiser evitar reparticionar seu disco, procure uma das distribuições do GNU/Linux que funcionam numa partição MS-DOS ou similares. Deste modo, basta colocar os arquivos num diretório da árvore MS-DOS e executar um aplicativo para ler o kernel do sistema, entretanto não espere desempenho sequer comparável ao método usual explicado nesta seção.
Cada sistema operacional tem suas próprias ferramentas para criar e destruir partições. No caso do GNU/Linux e do MS-DOS, estas ferramentas possuem o mesmo nome: FDISK; por isso nos referiremos àquela do primeiro por fdisk e a do segundo por FDISK, respectivamente. Como regra geral, não modifique a partição de um sistema operacional com o fdisk de outro, mas se precisar fazê-lo, escolha fdisk.
leon 2008-08-19